Na hora de pagar pelas compras nos caixas dos supermercados, os consumidores reclamam dos custos dos produtos, o que a pesquisa de preços do Procon Pelotas mostra ser uma realidade do último mês. Na ração essencial de 13 produtos, o aumento médio de janeiro foi maior, chegando a 15,70% em relação a dezembro de 2023, e é considerado um dos maiores da série acompanhada pelo Procon Pelotas. No cesto básico de 51 produtos, a majoração média foi de 6,18% no período.

O custo médio de cesto médio passou de R$ 1.150,39 para R$1.221,48, o que equivale a mais de 86% do novo salário mínimo vigente no País, de R$ 1.412,00. Já o da ração essencial subiu de R$ 539,63 para R$ 624,56, o que representa 44,23% do mínimo atual.

Enquanto o cesto básico de 51 produtos deve atender às necessidades de uma família de até quatro pessoas por um mês, a ração essencial de 14 produtos precisa suprir apenas uma pessoa por igual período.

Alguns produtos mais que dobraram de preços, como ocorreu com a pasta dental, cujo aumento médio em janeiro, de acordo a pesquisa do Procon, chegou a 132,05% sobre o de dezembro. Outro dos maiores reajustes de janeiro ocorreu no sal, que teve aumento médio de 121,46%.

O tomate e a cebola, que estavam incluídos entre os maiores aumentos médios em pesquisas anteriores do Procon local, não aparecem na do mês janeiro, conforme divulga o coordenador executivo Enéias Clarindo.

Principais variações

Aumentos

Do total de 51 produtos, 31 tiveram aumentos médios de preços.
Pasta dental - 132,05%
Sal - 121,46%
Bolacha recheada - 39,70%
Cenoura - 39,17%
Batata inglesa - 36,99%

Quedas

Em 14 deles, foram encontradas quedas médias de preços.
Vinagre de álcool - 33,36%
Mamão - 17,91%
Amaciante - 17,37%
Absorventes - 13,48%
Óleo de soja - 12%

Estáveis

Apenas dois produtos dos 51 permaneceram com preços médios estáveis no período. São eles: aparelho de barbear descartável e iogurte com sabores.

Colheitas tardias

Plantios atrasados em consequência das chuvas e do granizo em algumas áreas de cultivo da região acabaram provocando colheitas tardias com repercussão nos preços dos principais produtos que integram a ração essencial pesquisada pelo Procon local.

Os hortifrutigranjeiros são os principais produtos da ração de 13 produtos, com peso final maior no seu custo. Com menor oferta na região e a vinda de produtos principalmente de São Paulo, os preços aumentam, explica o técnico da Emater Municipal, André Perleberg.

A boa notícia é que produtos como o tomate devem continuar chegando ao mercado da região mais baratos. “A tendência é de baixar os preços nas próximas semanas, se o clima permitir”, completa Perleberg. Brócolis e couve-flor, no entanto, são mais sensíveis ao calor, diz.